Olá colegas, amigos e leitores! Tenho uma ótima novidade para todos! A Loja Futago agora tem frete grátis para os mangás no mês de dezembro.^^ A gente fez uma pequena pesquisa e vimos que muita gente resiste em comprar na internet por causa do frete que encarece o produto. Seria bem mais legal comprar nas bancas e livrarias. Pensando nisso, resolvemos fazer um teste e vender os mangás do Futago com frete grátis, diminuindo nosso "lucro", mas angariando mais leitores. Afinal, a internet é a nova banca e seria bacana que fosse sem frete em todos os lugares, não é mesmo? Como se você estivesse indo há uma banca e comprando o que quisesse! Essa ideia nos veio depois da palestra da Panini, HQM e Abril no Mercado de Pulgas. Afinal, quem coloca suas revistas em livrarias e bancas, paga 50% para elas ou para distribuidoras. Então, por que num site não poderíamos tentar isso? É claro que isso só é possível pra nós, afinal somos donas do nosso site e das revistas. Espero que gostem e aproveitem! Não sei se isso vai durar, mas vamos tentar, né?
Este é um dos calendários que estarão disponíveis na loja em breve.
Bom, sempre foi um sonho nosso ter goods dos nossos mangás e brindes, mas como aqui não é Japão, nós mesmas temos que fazê-los. E descobri recentemente, conversando com os editores, que o Governo não deixa mais distribuir brindes com revistas, alegando que uma criança pode engolir o brinde ou se machucar com ele. Nem mesmo brinde de papel...
O editor da Abril, Paulo Maffia, disse que existe agora uma burocracia enorme para poder fazer brindes, tanto que a revista do Tio Patinhas não pode ir pras bancas com a primeira moedinha. Isso encarece muito mais o produto. O Governo tbém proibiu as editoras de fazerem cartazes e colar nas bancas. Outra Lei estranha é que as revistas para criança não podem mais ter anúncios de brinquedos. Isso está falindo muita revistinha. Você deve estar se perguntando por que dessa Lei. Dizem que não se pode induzir uma criança a comprar algo, pois ela não pode ser vista como consumidora. Mas se vc perceber, nem comercial de brinquedos na TV aberta tem mais, apenas na TV fechada. Será que o Governo do PT tá achando que criança pobre não pode querer nada? Só criança de gente com TV paga em casa pode pedir brinquedos para os pais? São coisas muito estranhas. Sem falar que muita prefeitura anda fechando bancas pelo país e aumentando pedágio para encrencar as distribuidoras e encarecer mais um pouquinho as revistas... Acho bom a gente prestar mais atenção na hora de votar e tomar cuidado com quem a gente coloca no poder, pois nem os artistas de quadrinho estão salvos de leis bizarras que prejudicam as vendas. Meu medo é de um dia o Governo olhar pro mangá com esses olhos paternalistas, aí nós estaremos realmente ferrados!
Vou descobrir quem foi que criou essas leis e não vou votar neles, pode crer.
Enquanto isso, a nossa loja continuará com os brindes, afinal, não somos editora. E nossas revistas não são para criança.
Andei lendo sobre o mercado de revistas em geral no Japão e descobri que, em termos editoriais, não é possível mesmo comparar o Brasil com Japão. Aqui temos umas cinco editoras grandes que publicam quadrinhos, apenas três publicam nacionais, incluindo a HQM. Acho que no Brasil, não chega a ter mil editoras de quadrinhos. Mas no Japão são 3.815 editoras, apenas em Tóquio! As outras que somam mais de 2000 ficam em outras cidades.
Cerca de 15.000
livrarias existem em todo o Japão, dos quais 5.197 lojas pertencem ao
Booksellers Federation Japan. A maioria das livrarias têm espaço de vendas de
50 a 100 metros quadrados.
As lojas de conveniência , que agora têm crescido em número de mais de 46.000 em todo o país , não pode mais ser ignorada no que diz respeito às vendas de revistas, quadrinhos e livros de bolso . Vendas de um ano para 2009 foram estimados em mais de ¥ 313.300.000.000 , representando 15,4 por cento do faturamento bruto de livros e revistas.
As lojas de conveniência , que agora têm crescido em número de mais de 46.000 em todo o país , não pode mais ser ignorada no que diz respeito às vendas de revistas, quadrinhos e livros de bolso . Vendas de um ano para 2009 foram estimados em mais de ¥ 313.300.000.000 , representando 15,4 por cento do faturamento bruto de livros e revistas.
Infelizmente não tenho os dados daqui, mas soube que o Brasil produz 0,01% de revistas em quadrinhos de tudo que é lançado. A maioria são obras estrangeiras. O que salva as livrarias no vermelho, são publicações como Harry Potter e Crepúsculo que vendem muito no final do ano. Enquanto que no Japão, a maioria das publicações são de japoneses para japoneses, e não tem a ver com a língua, porque no Japão agora a febre é ler em inglês. Os livros que mais vendem no Japão são livros de autoajuda e culinária e biográficos. O mangá é contado à parte, com One Peace sempre batendo recordes. Chegou a 4 milhões de cópias no volume 64! Lá os e-books/ e-mangas estão crescendo e vendendo tanto quanto os impressos, pois houve um crescimento grande de compras de tablets e smarts fones.
Concluo então que, não é que brasileiro não lê quadrinhos, simplesmente não tem quadrinho para ler! Nem temos editoras suficientes pra isso! Até a Abril sofre com a distribuição! Imaginem só! E o Brasil sofre por ser gigante e mal estruturado. O despreparo dos donos de banca também choca! Eles nem sabem lidar com quadrinhos. O formato delas ainda é o mesmo de 1940... Formato antiquado que não sustenta mais o mercado. Agora as bancas vendem até sorvete! Isso tudo atrapalha as vendas de revistas. O sorvetinho e os jogos da lotérica têm mais destaque que as revistinhas. rsrsrs Só rindo mesmo. Até o Maurício de Sousa anda sofrendo com essas Leis e a Monica Jovem tá salvando as revistas para criança. Nem nos EUA existem mais revistas para criança como tinha antigamente. A TMJ coloca o Brasil entre os poucos países que ainda fazem revistas para criança.
Eu tenho uns tankobons de kodomo, que são revistas para crianças do Japão e neles existem centenas de anúncios com brinquedos fodásticos. Será que as crianças de lá são mais espertas e não engolem brindes e brinquedos e não ficam querendo comprar? Ah é! Eu lembrei que lá o salário mínimo é 4.500! Eles podem querer qualquer coisa, né? Viva nosso Governo!
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